
Abertura da reunião
O Rotary Club de Barcelos convidou o director do Centro de Emprego de Barcelos para falar sobre “A competitividade das empresas e o mercado de trabalho”. O evento teve lugar, esta terça-feira, dia 22, no Hotel-Restaurante Bagoeira e contou com a presença de rotários e empresários locais.
O presidente do club rotário barcelense, Miguel Marote Henriques, apresentou o orador convidado, fazendo uma breve resenha do seu currículo académico e profissional. O responsável do rotários de Barcelos chamou a atenção para o facto de Armando Santos não ser um “carreirista”, destacando que além da carreira de técnico no IEFP, passou por várias empresas, algumas delas multinacionais, onde desempenhou funções de director comercial e de marketing, desenvolveu projectos de formação de quadros, nomeadamente em web -marketing, e -Business, informática, gestão de empresas, gestão de projectos e em empreendedorismo.

Intervenção do Dr. Armando Santos
Na sua intervenção, Armando Santos apontou a formação e a qualificação como elementos fundamentais para a competitividade das empresas. O sucesso das empresas depende dos seguintes factores: qualidade, diferenciação, inovação e adaptabilidade .
Para Armando Santos, a competitividade das nossas empresas não está refém do código do trabalho. Na opinião do orador, esta é uma falsa questão e as estatísticas demonstram-no.
A formação académica e a formação profissional foram duas apostas prioritárias defendidas pelo palestrante. Armando Santos elogiou mesmo o programa das Novas Oportunidades, por ter permitido elevar o nível de escolaridade de um grande número de pessoas. Mesmo com este esforço, o nosso país ainda se encontra longe de uma convergência com o nível registado pelos nossos principais parceiros.
Armando Santos reforçou a necessidade de elevarmos o nível de escolaridade da população, afirmando que “Portugal não tem licenciados a mais, aliás, precisa de mais, de muitos mais”. O ensino profissional e técnico, à semelhança do que existe na Alemanha, foi outra carência apontada pelo orador.
O director do centro de emprego, afirma, recorrendo aos dados estatísticos do desemprego, que a falta de trabalho se acentua nas pessoas com baixo nível de escolaridade. Armando Santos considera mesmo que estes trabalhadores vão enfrentar um futuro difícil derivado das exigências das novas empresas.
Armando Santos enfatizou que o factor humano é fundamental para a continuidade da boa saúde das empresas, já que os empregados “são simultaneamente os destinatários e os motores” da actividade económica.
Por fim, o orador apresentou as competências que as empresas irão valorizar num futuro cada vez mais próximo. De acordo com vários estudos, inclusive da Comissão Europeia, serão apreciadas características como a facilidade de comunicação, as competências tecnológicas, a capacidade de resolução de problemas, a criatividade e o pensamento empreendedor.