Alberto Serra na sua intervenção

Alberto Serra na sua intervenção

O Club Rotário barcelense realizou, esta terça-feira, dia 23, uma palestra dedicada ao tema “Televisão e comunicação”. O orador convidado foi o sobejamente conhecido comunicador barcelense, Alberto Serra.

O evento teve lugar no Hotel-Restaurante Bagoeira e contou com a presença de rotários barcelenses e de outros clubes, estudantes de jornalismo e ciências da comunicação e convidados.

O Presidente do Club, Miguel Henriques, abriu a reunião e deu as boas vindas aos presentes. Na sua introdução, o responsável do Club barcelense elogiou o percurso profissional do convidado, que nos habituámos a ver no pequeno ecrã, bem como a sua abrangente e rica actividade como homem das letras.

A Victor Pinho coube a apresentação do curriculum do orador e um reconhecimento pelo apoio e contributo que tem dado para o enriquecimento da Feira do Livro de Barcelos.

Alberto Serra começou a sua intervenção por uma breve resenha da sua vida. O orador nasceu em Barcelos a 6 de Outubro de 1957 e cedo rumou a Moçambique. Regressa em Julho de 75, uma semana após a independência, devido à morte trágica do pai.

Alberto Serra considera que chegou ao jornalismo já tarde e através de um percurso menos convencional, mas que o tornou um apaixonado contador de histórias.

O primeiro contacto com o jornalismo dá-se em Barcelos. Alberto Serra foi membro fundador do jornal “Barcelos Popular” e do Grupo de Teatro de Amadores “A Capoeira”.

Em finais dos anos 70, ruma a Santarém onde se divide entre o centro cultural, à noite, a rádio, de manhã e o jornal, à tarde. É aqui que adquire experiência fundamental no jornalismo e a sua carteira profissional.

Em finais dos anos 80 regressa ao norte. Jornalista do “Correio do Minho” e director de informação da Rádio Antena Minho. Mais tarde transfere-se para a “Rádio Nova” e colabora na RTP-Porto.

Fundador e jornalista da TSF-Porto e da SIC-Porto. Em meados dos anos 90 muda-se para Lisboa e integra a equipa da Grande Reportagem da RTP.

Alberto Serra contou o espírito frenético vivido numa televisão privada que revolucionou o panorama da comunicação social nacional e a necessidade que sentiu, após esta experiência, de contar estórias de uma forma que só foi possível com a mudança para a RTP. Na estação estatal, viajou, um ano inteiro, pelo Portugal profundo e produziu documentários com vultos da nossa literatura como o Nobel José Saramago ou Eugénio de Andrade.

As novas plataformas, o anunciado fim dos jornais em papel, a crise do sector e o serviço público, foram alguns dos temas debatidos entusiasticamente com os presentes.

A palestra terminou já o relógio tinha anunciado as 23h30m, mas o debate continuou na sala e na rua.